É PRECISO SABER DIZER
- Daniela R. Scabello/ revisão: Flavia Chiossi Poli
- 31 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Até agora falei muito de olhar para dentro e da forma como nos comunicamos com a gente mesmo. Mas hoje quero saber como anda o seu relacionamento com os outros? De que forma você se comunica com as pessoas que estão próximas de você? Pode parecer que não, mas a forma com que você trata as pessoas está muito mais ligada com quem você é do que com quem elas são.
Por isso é importante um processo de autoconhecimento na hora de melhorar o seu relacionamento com os outros. Sempre que você espera algo de alguém, isso está ligado a algo que está dentro de você, uma necessidade que você espera que o outro supra. Quando você quer que alguém te entenda, você joga para o outro uma obrigação que é sua. Não é a pessoa que não te entende, e sim você que não se fez entender.
Nem todo mundo conhece essa informação, mas isso não é um problema, pois você já conhece e isso é suficiente para que a comunicação entre você e qualquer outra pessoa melhore. Uma regra de ouro para se comunicar melhor é ter empatia. Se colocar no lugar da pessoa, pensar que se você fosse essa pessoa, como você gostaria de receber a informação que tem a passar? Vou dar um exemplo que aconteceu comigo: eu estava hospedada em um hotel fazenda, e estava com um amigo procurando onde ficava a nova área fitness ao ar livre. É assim que o hotel chama o espaço. Encontramos um jardineiro e meu amigo perguntou bem rapidamente “Por favor, onde fica a área fitness?”. Meu amigo não faltou com educação e também não usou de um tom rude, porém o jardineiro, um senhor humilde, não entendeu a pergunta e meu amigo repetiu exatamente a mesma coisa. O problema não foi que o jardineiro não escutou, ele somente não sabia o que era. Nessa hora eu interferi e falei o mais devagar e simples possível “Queremos saber onde ficam aqueles aparelhos de ferro, grandes de fazer exercícios, academia.” Na mesma hora o funcionário nos deu as coordenadas e chegamos onde queríamos.
Trazer a minha fala o mais próximo possível de quem ia ouvir foi o que fez a diferença nesse caso. A mesma informação sempre pode ser passada de várias formas, e podemos escolher passá-la de uma forma que faça a pessoa se sentir bem com o que está escutando.
Sempre que há uma falha de comunicação a culpa é do locutor, não do ouvinte. Um bom locutor está sempre preocupado em se fazer entender e se certifica que o ouvinte entendeu. Usa frases do tipo: “Está compreendendo?”, “Pode repetir com suas palavras o que você entendeu?”, “Ficou alguma dúvida?” Sabendo disso, podemos ser ouvintes melhores também, basta que sempre que receber uma informação, cheque com o locutor se o que você entendeu é o que ele quis dizer. Como eu disse anteriormente, nem todo mundo conhece essas informações, mas você conhece e pode se beneficiar muito com isso.
Imagine só quantos conflitos podem ser evitados se houver uma melhora de comunicação da sua parte? E pensando no seu bem estar, imagine que evitar conflitos é uma forma de evitar stress e de se poupar emocionalmente.
Encontrar uma vida mais fluída e mais leve é uma soma de pequenas atitudes praticadas diariamente. Ser mais feliz não é apenas alcançar um ponto, mas sim se manter saudável física e mentalmente e ter uma evolução contínua como pessoa. Melhorar sua forma de se relacionar com as pessoas certamente ajuda muito nisso.
Gratidão
Beijos,
Daniela R. Scabello
"Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos: "Dentro de mim existem dois lobos, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Eles estão sempre a brigar..." Quando então lhe perguntaram qual dos lobos ganharia a briga... o sábio índio parou, refletiu e respondeu: "Aquele que eu alimentar."
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